A porta do universo abriu-se fazendo uma fresta de luz,
A minha alma andante refez-se ao toque de um raio de amor;
Meu ser desejante desfez-se ante a imensidão,
Fagulhas de mim fez romper a aurora e a alva emudeceu-me.
As gretas do olhar fez eclodir jardins floridos,
No canto do sorriso, junto ao muro da saudade,
Ali onde o silêncio denuncia o tempo que se foi,
Lugar onde anelante a alma desliza para o seu interior.
Meu ‘eu’ é como mariposa feita larva num casulo,
Mudança que demora enquanto o corpo se desfaz.
No escuro de mim, solidão do espírito que espera.Mera vontade de transformar o afeto em ato.