terça-feira, 1 de março de 2011

Absorto!


O peso do vento me faz levitar nas lembranças.
O campo de alfazemas cobre de lilás a terra saudosa.
O aroma suave enternece o céu de Laguna,
E meu coração transpira à canção do adeus.
O orvalho ainda rega o roçado enquanto a seringueira sangra.
Em meu peito o silêncio do amor que vem de longe, voa partindo,
Com a poeira na estrada que transporta a cana caiana ao cair da tarde.
Para onde vão as aves?
Amanha o Sol surgirá na linha do horizonte,
Lugar de onde os meus olhos esperam a aurora.
Sinto-me sozinho em ruas esquecidas de velhas ruínas. 

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