quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Lua de Ontem




"Ontem a lua estava linda,
Vestida de um manto furta-cor,
Ela estava ali ao alcance das mãos;
Os céus pareciam tocar a terra,
Mas o que foi tocado mesmo foi o meu coração.

A lua, seja em que fase for, é sempre a lua dos amantes,
livre,
leve,
Luar sem fim no fim do túnel do olhar.

Lua despida de rancores de estações passadas.

O céu estava estrelado e meus olhos marejaram saudosos;
O interessante a se notar é que as estrelas possuem o poder de aprisionar os sonhos,
Mas elas possuem o dom de libertar a alma em poemas de amores,
Versos que versam a vida que se esvai em cores,
Explosão de luzes na retina do amor de ontem.

A lua estava ali na praça,
Na rua,
no rio,
Na palhoça;

Lua de todos,
lua de muitos,
lua minha,
Meia lua de luas inteiras;

Lua cúmplice do afeto dado em silêncio,
lua eterna,
lua de ninguém,
feita de luares que morrem ao nascer do sol.

Lua dos meninos,
Lua dos tristes,
Lua das luas de mundos refeitos,
Mera lua que dá vida à prosa,
Que enternece o canto,
Que alimenta o amor que ainda vai chegar;

Lua de marés de mares sem fim,
Lua feita de desejos inocentes,
Lua bela,
Silente,
lua dos trovadores,
Parada ali;

Calada em mim."

2 comentários:

Mulher de Deus disse...

Lindissima meu pastor!

Anônimo disse...

"A mais bela música do mundo é o silêncio interestelar. Desculpe mas não posso ficar sozinha contigo se não nasce uma estrela no ar. Quem ama a solidão não ama a liberdade. Flor? Flor da cada susto. O silêncio perfeito de uma flor. Macio como quando se fecha a luz para dormir. E faz o botão da luz um barulhinho que quer dizer: Boa noite meu amor." ( clarice Lispector- Um Sopro de Vida)