Às vezes penso que a minha alma é como um mar,
suas ondas oscilam e vão dar na eternidade das pedras.
O meu olhar é como rota de navios que seguem os ventos,
a minha alma é do mundo a alma que refaz-se ao sol.
Sou poeta solitário, feito barco a vela em marés de invernos.
Meu canto, pranto de açanhaço no sertão agreste;
meu sorriso é brisa que avisa o tom da cor da noite,
nota de uma melodia que adia os sonhos.
Sou marujo da esperança,
navego mar aberto e aborto o tempo que traga a fumaça,
meras nuvens,
meros contos infantis,
mera dor,
esmera em mim a lápide do ontem,
enquanto no terraço o violino toca a valsa do amor,
e Mozart esfrega na pedra do desejo
a canção da alvorada,
banhada nas águas de oceanos meus,
que marejam em mim o cais do meu olhar longínquo.
suas ondas oscilam e vão dar na eternidade das pedras.
O meu olhar é como rota de navios que seguem os ventos,
a minha alma é do mundo a alma que refaz-se ao sol.
Sou poeta solitário, feito barco a vela em marés de invernos.
Meu canto, pranto de açanhaço no sertão agreste;
meu sorriso é brisa que avisa o tom da cor da noite,
nota de uma melodia que adia os sonhos.
Sou marujo da esperança,
navego mar aberto e aborto o tempo que traga a fumaça,
meras nuvens,
meros contos infantis,
mera dor,
esmera em mim a lápide do ontem,
enquanto no terraço o violino toca a valsa do amor,
e Mozart esfrega na pedra do desejo
a canção da alvorada,
banhada nas águas de oceanos meus,
que marejam em mim o cais do meu olhar longínquo.