Hoje navego olhando as estrelas,
Velejo de perto de mim para longe de mim mesmo,
Velhas marés de invernos em mares sombrios.
Os ventos daqui sopram forte,
E o cais sequer se avista a beira mar,
Sou pescador de ilusões e a vida está povoada delas.
Absorto no meu mundo de estrelas e sonhos,
Vou desenhando um céu só meu no teto do quarto,
Um céu de lantejoulas prateadas que refazem o afeto.
Sou náufrago do tempo,
Caravela de piratas que resiste à fúria das águas,
Diamante preso em iceberg branco em mar azul.
Sinto-me sem respostas para o simples,
Sem saídas para o belo,
Sinto-me só, mesmo não estando.
Sinto-me, apenas sinto.
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