sábado, 10 de outubro de 2009

Efëmeros




O tempo é uma locomotiva ansiosa,

Ruma ligeiro pelos trilhos da alma,

Verte a vida que desespera o dia,

Instila a fina flor do amor que sorve o ignoto.


A alma é estação que aguarda o som que vem de longe,

Lugar da espera, onde olhos marejando,

Vislumbram outros olhos que anseiam a retina ver,

Enquanto o tempo passa e a fumaça se desfaz no ar.


A fumaça é a essëncia das coisas e de tudo que se move á vista.

Mera distração enquanto a alma viaja no tempo e no trem da horas.

Doce ilusão! Nesse trem, somos todos passageiros! Efëmeros.

Nesses trilhos, percorre toda futilidade do ser que se apressa.


2 comentários:

Anônimo disse...

"A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade."

Friedrich Nietzsche

Anônimo disse...

Estou maravilhada de conhecer o lado poeta do Pastor que em tão pouco tempo aprendir a amar e repeitar