O Vento E Eu!
O vento entrou pela porta aberta beijou minha face e seguiu faceiro.
Uma porta entreaberta permite entrar o amor que viaja silente.
O amor é como ave de arribação, procura sempre os lugares altos e de afetos.
Quero voar rumo ao fio da linha do horizonte em busca de um galho de alegria onde possa pousar.
Eu já não vôo só, aves de arribação voam em bando.
Sinto-me seguro no meu vôo e me abrigo nos sonhos.
Estão em Deus as minhas mais tenras alturas.
Sigo seu vôo e me abrigo sob suas asas nas montanhas.
O meu desejo é ser pássaro que voa sertão afora.
Um arbusto.
Um canto.
O cicio do vento.
O silêncio da imensidão agreste.
Enquanto o menino dorme, despido, uma ave voa por ai, vestida de alegria e um canto no bico.
Um sorriso.
Um alento.
O arfar de uma alma que voa por ai com asas como águia.
O vento que refresca a face é vento singelo.
Sigo desejando estradas no azul do céu.
Sigo desejando o canto das estrelas.
Eu quero o novo de Deus raiando em meu ser como raia o sol nas manhãs de outono.
Poema de Robério Jesus.
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