O belo ocidente de mim ruma absorto para o oriente,
A terra amarelada do deserto contrasta ao azul do céu,
Chapéu anil sobre a minha cabeça: plácida ternura esculpida.
O norte de mim navega às águas para o sul,
Estradas frias de desgelos permanentes.
Sigo rente rumo ao sol poente,
Ali onde o douro da luz enfeita as nuvens como lantejoulas em veste festivas.
Vou seguindo as estrelas na via láctea que perfila o sonho.
A sudeste de mim moram as aves,
E estas, migram para as terras sudoeste de serena alegria.
À nordeste de mim se escondem riachos doces,
lugar onde meninos brincam serelepes e altaneiros.
Meu amor, meu anelo e esperança é centro-oeste, o lado oposto de mim,
E a noroeste do meu ser encantado habita uma linha férrea,
Ali, em silêncio, nasce a fina flor do amor mascavo que adoça o canto.
Sou verso que ruma em todas as direções,
Sou sombra,
Sou caminho,
Sou olhos que desejam o mundo e que perseguem a esperança,
Enquanto os pés seguem a alegria na estrada dos ventos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário