quinta-feira, 20 de maio de 2010

NUNCA MAIS





"Nunca mais"
é uma expressão que me cala a alma.

Essas palavras dão uma idéia de distância e de perda.

Tipo quando o olhar se perde no horizonte ante as telas irrepetíveis do céu.

Nunca mais aquele desenho de nuvens voltará.

Nunca mais o frio sobre a pele higida em invernos violetas.

Nunca mais dá idéia de adeus,

Partida de quem fez história na vida de quem escreveu sonhos.

Palpitou poesias,

Respirou aromas de pétalas secas em páginas de velhos livros.

Nunca mais é aborto de estrada que leva para o mundo dos desejos.

Sim, nunca mais eu vou,

Nunca mais eu digo,

Nunca mais eu,

Nunca,

Mas!

E o que fazer se as crianças crescem inopinadas?

O que dizer se envelhecemos e se em breve o mundo só será saudade?

Na morte não há sonhos, mas nunca mais há dores,

Não há angústia, mas nunca mais haverá flores.

Nunca mais a poesia,

Nunca mais as preces,

Nunca mais a espera.

Não sei o que acontece comigo, mas não gosto dessa expressão.

Parece não me soar bem, contudo, enquanto eu divago entre o útero e a sepultura,

Nunca mais deixarei que o meu coração perca a alegria de viver.

Viver é bom e na vida nunca mais eu direi: nunca mais!

vou ficando por aqui entre a esperança e os até breve!

Nenhum comentário: