Minhas esperanças vicejaram no amanhecer de mim mesmo.
Meu ser temporal sente o frio da vida que me rodeia bela em flor.
Alguma coisa em mim anuncia dias primaveris,
Enquanto Ravel faz-me perceber a vida ao som de seu Bolero encantador.
Transcendo a minha dor à Nona Sinfonia de Beethoven que me desperta a saudade,
No despertar da lua prateada, Serenata no céu do desejo, serena o meu olhar.
A refrega de dias tórridos, agrestes, ainda me ameaça o sossego.
Desejo a noite e dela a canção.
Absorvo as estrelas,
Viajo em cometas que cometam em mim a travessia de mim mesmo.
Asteróides ligeiros num olhar pueril.
Anelo a poesia feita verso em canções de ninar.
Sou menino que tem sede de vida, das vias e das alegrias.
Preciso brotar para mim mesmo neste chão de céu de anil.
Conheço um homem que do amor se fez refém e em silêncio cala o mundo.
Enquanto calado pare recordações e nestas abre as janelas da alma.
Conheço um menino que ama o mundo enquanto absorve o vento.
Conheço um menino que desconhece um homem que o ama eternamente.
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