quarta-feira, 9 de setembro de 2009

À Espera da Lua




Hoje o vento rasteiro decidiu soprar na colina da minha solitude.
Daqui de cima eu avisto o sol tímido e sobranceiro entre as nuvens,
O cicio da brisa na grama me faz adejar na alma sobre as sombras das nuvens no chão.

As horas parecem não passar e o coração distante dita a prosa num monólogo eterno.
Onde será que dá o fim dessa estrada?
A porteira continua aberta e a minha alma silente vê passar as boiadas de volta para os currais.

O cheiro de mato molhado me devolve a terra, meu lugar de origem,
E o azul destila o meu espírito que possui o céu de estrelas tímidas,
Logo ali acima da minha cabeça e eu aqui à espera da lua.

Sinto o amor verdejar ao meu entorno,
Sinto Deus calar-se enquanto me observa,
Sinto a vida que decorre de seu hálito/afeto e sinto-me: sorriso, silêncio e paz.

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