quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Roceiro


Eu venho da roça, não nego,
Sou brejeiro; sei plantar milho e feijão.
Nas mãos, trago os calos da enxada,
E meus pés caminham firmes para o tabuleiro.

O suor do meu rosto esconde as lágrimas,
Ambos rolam na face que cansou de esperar
A chuva que insiste em não vir.
Por aqui os ipês floridos desabrocham cedo.

A cabana escondida fica lá no alto da serra
Ali abrigo os sonhos, meus medos e meu sorriso de menino.
Da janela eu vejo o sol e a brisa toca a minha tenra pele,
O mar eu sequer posso ver, mas para que o mar se amar é dom mais profundo?

Vejo-me menino nas ruas de outrora,
Ruas que os meus pés já não pisam mais,
E que meu coração não resiste visitar em tempo de nostalgia.
Sou menino de ontem num corpo de agora: doce alegria.

Um comentário:

Anônimo disse...

É tão bom voltar a ser menino ou menina no coprpo de um homem ou mulher, que n tem medo de se banhar na chuva,de brincar na lama, de se deixar ser feliz mesmo q seja apenas por lguns minutos.
É tão bom ler seus poemas, sinto a leveza do olhar do poeta.
Um grande abraço queri Pr.