terça-feira, 24 de novembro de 2009

Meu Sol




A mão suave do amor desliza sutil por um universo de luzes e cores,


Explosão de raios luminosos,


Feito ondas quando arrebentam na areia ou nas rochas dos mares do Kenia,


Se espalham pelo mundo,


O sol abre seus portais e respira para mais um dia de afeto às flores.


O sol é meu encanto,


O afeto que toca minha pele sem culpa,


Invade meu olhar,


Aquece minha timidez e me condensa a alma num só verso.


O sol pare arco-íris,


Gesta o luar e clareia o espírito e faz nascer a aurora,


Faz nascer outros sóis no mundo de meu Deus,


Mundo meu e de quem me ama.


O sol é vida, é rima,


É prosa que destila a felicidade,


Transpassa as gretas de paredes de sapé das vilas do Tibet,


Está no vão da choupana do homem do campo,


Transe no oitão da Casa da fazenda,


Não faz acepção de pessoas, ama, ama


Simplesmente ama,
Sua ausência implica em morte,


Sua presença engrandece e vitaliza os seres.


A plantação de trigo doura nos vales,


Por causa de sua luz;
As floresse abrem no seringuete,


Os rios, sob seus gestos, não se fatigam de amar o mar,


Onde nascem e morrem,


Seu calor aquece as pedras na estrada,


Afugenta os meninos que amam as sombras;


O sol é só meu, minha ternura, meu bichinho de estimação estelar.


Há muitos sóis no sol,


Há sol de inverno, de verão, outono e primavera,


Há sóis de poesias,
E até os que nascem nas mil e uma noites no Imã,


Há sol de desertos, dos Alpes, dos palácios e sol de lugares frios,


Mas o fato, é que há sempre um sol para quem quer amar.


Sem sóis poetas não sobrevivem,


A canção perece e o amor fenece.


O sol é como omeu olhar entre abismos:


Nascente, dourado, poente, brando, caliente,


No entanto, és estrela na minha constelação de amor sem-fim.


Sol sem poesia,
É oceano sem correntes marítimas que rumam para o sul,


É céu sem luar,
É paixão dos que despertam o amor vazio de estrelas,


Perfumes e flores,


É ternura de corações flechados desenhados nas árvores dos quintais da vida,


Apagados pelo tempo.


Sou eu sem você, você sem mim, o mundo sem nós e nossa palavra,


Dádiva de nossos sonhos, solta no tempo e no espaço.


Sem o sol sou sal sem sabor;


Sem mim, o sol é mera escuridão,


Somos cumplicies um do outro, resistimos ás trevas,


Tocamos a essência das coisas entre o céu e a terra;


Entramos no ocaso para fazer nascer o amanhã


Com manhãs das manhãs floridas do Alasca".

Nenhum comentário: