Os ventos ainda sopram na velha montanha da saudade.
Saudade é reedição, memória viva de momentos eternos idos.
Sinto saudade de fragmentos de alegrias bebidas na taça da vida.
O campo de gira-sóis gira o meu sol pelo avesso.
A cabaça posta na cabeça encabeça berimbaus solitários.
A melodia de uma nota só faz festa na Bahia que minha alma ama.
Enquanto gira o sol, meu dia passa e da janela vejo as flores.
Tudo gira ao som que da alegria faz girar o mundo à minha volta.
Sou amigo de amigos que se foram sem dizer para onde.
Sou poeta que se inscreve na pauta do silêncio, melodia cantada com os olhos.
Sou menino que o poeta descreveu um dia.
Sinto saudade do menino em mim, que tocava canções em cabaças pelo mundo.
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