"Uma réstia de luz navegou silente o porão do meu ser.
Parado ali, me senti tocado pela beleza que transia a escuridão.
Calado em mim, dei lugar ao som da sua voz que me invadiu impávido.
Porões existem onde segredos devem ser guardados;
Segredos existem porque a alma não quer se expor,
Ela quer calar as dores e as querelas de amores silentes e traquinos.
A escuridão esconde o olhar que quer ser visto,
O olhar que teme dizer o que a alma insiste em vestir de sombras,
ali onde a luz vence a solidão do quarto escuro do desejo.
Porões existem para meninos que se escondem enquanto escondem sonhos.
Apenas os olhos que sabem ver percebem o anelo da alma desejante;
Sendo assim, enxergar no escuro é tarefa que cabe aos cegos, aos sábios e aos que amam.
Aqui do meu lugar - porão de mim - te vi em silêncio,
Mesmo sem ser visto, notei a luz que do olhar me iluminou,
Sim, ali onde, de mim, só verás a sombra, se não souberes ver.
Porão é lugar secreto onde cozemos medos e tecemos poesias.
O medo é lugar comum para quem deseja o impossível.
O impossível é pão que se come em silêncio nos porões pouco iluminados da vida."
Parado ali, me senti tocado pela beleza que transia a escuridão.
Calado em mim, dei lugar ao som da sua voz que me invadiu impávido.
Porões existem onde segredos devem ser guardados;
Segredos existem porque a alma não quer se expor,
Ela quer calar as dores e as querelas de amores silentes e traquinos.
A escuridão esconde o olhar que quer ser visto,
O olhar que teme dizer o que a alma insiste em vestir de sombras,
ali onde a luz vence a solidão do quarto escuro do desejo.
Porões existem para meninos que se escondem enquanto escondem sonhos.
Apenas os olhos que sabem ver percebem o anelo da alma desejante;
Sendo assim, enxergar no escuro é tarefa que cabe aos cegos, aos sábios e aos que amam.
Aqui do meu lugar - porão de mim - te vi em silêncio,
Mesmo sem ser visto, notei a luz que do olhar me iluminou,
Sim, ali onde, de mim, só verás a sombra, se não souberes ver.
Porão é lugar secreto onde cozemos medos e tecemos poesias.
O medo é lugar comum para quem deseja o impossível.
O impossível é pão que se come em silêncio nos porões pouco iluminados da vida."
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