sexta-feira, 22 de maio de 2009

O Cálice da Cruz




A cruz está posta sobre o monte,
O Cristo, feito carne, é vendido por trinta moedas,
Mercado livre onde a fé é exposta no varejo.
Sacrifício de uma vida, oferta aos homens.

O Cristo observa a tudo enquanto transporta o madeiro,
A Cruz não era Sua, mas minha, no entanto, a levou consigo.
Ela era nossa. Fomos nós que o penduramos ali.
Ele viu a maldade dos perversos e o silêncio dos “bons”.

Uma flor transportou o madeiro,
Semente sob a terra que germina a ressurreição,
Túmulo escuro, de pedra lavrada,
Lugar onde o Espírito faz a reconciliação entre Deus e os homens.

A Cruz estava posta sobre a terra,
O Cristo, feito divino, resgata os amigos,
Perdoa os inimigos e se torna ele mesmo, a síntese,
Céus e terra o habitam enquanto refaz o mundo.

O Cristo se fez pão partido por nós,
E nos devolve a vida roubada no jardim,
Cálice de um vinho tinto de sangue,
Vertido ali, na cruz, lavando as roturas existentes entre os céus e a terra.

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