quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pingos de Chuva




Uma gota de chuva escorre na folha lá fora,
Instante glorioso para o olhar que deseja os mares,
Um gesto, um suspiro, o silêncio e a não-palavra.

As aves embora pequenas, não temem os pingos de chuva,
Beija-flores não se apavoram quando sobrevoam o néctar,
Antes, afloram sua grandeza de aves que param no ar.

Odeio bodoques que moleques travessos transportam,
Pois, matam a vida e aviltam a beleza num jogo sórdido e lúdico,
Eles roubam da natureza a encantadora arte de ser.

Eu gosto mesmo é de visitar jardins floridos,
Tudo que me encanta está ali,
A vida, o verde, as borboletas, as abelhas e os versos.

Porém, o que me enternece mesmo, é o vôo ligeiro do beija-flor azul,
Este sim paralisa meu mundo enquanto vejo,
Torna-me absorto enquanto toca meu olhar saudoso.

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