A palavra sangra quando o amor não amanhece,
quando rajadas de vento anunciam o inverno
da incompreensão,
ali, no lugar onde a névoa da malícia desfaz o abraço,
de braços afeitos;
afetos refeitos no outono de outrora,
desfeitos no frio do agora,
quando o cicio das horas
silencia o mar,
dasafia a canção da esperança,
e faz nascer o fio do medo
no solo do frágil inocente.
A palavra sangra quando o amor é apenas
lembrança dos atos dos desprezíveis,
e os olhos marejam silentes
a dor da aguda espada que traspassa a alma
ante o silêncio dos justos.
Um comentário:
simplesmente amo esse poema
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