segunda-feira, 15 de março de 2010

Estações De Mim




A primavera estava ali, sendo gerada no silêncio do inverno.

Os invernos são assim, parem primaveras de flora alegre e viçosas.

Os invernos meus, de igual modo, fazem a parturição de mim mesmo.

Ressurjo de minha gélida estação como a fênix no deserto.

Sou feito feto no afeto de Deus nas raízes de dias frios.

Minha face pálida abre-se para o amor como uma flor nas montanhas.

Relevos de mim que revelam a dor velada no silêncio.

Vela acesa na escuridão de noites sem luares.

O rio passa silente enquanto escorrega para o mar além.

Os dias escorregam calados como meninos solitários.

E eu correndo atrás das pipas no ar me solto absorto por ai.

Voltar para casa me alegra a alma.

O lar é sempre um lugar de abrigo.

É onde os guerreiros saram as feridas enquanto restauram a alma.

Daqui do meu lugar vou indo devagar para onde Deus quiser.

As ruas são as mesmas nas cidades que se repetem.

Repete-se o homem na rotina de dias que passam lentos.

Reinvento-me enquanto mudanças acontecem na face do tempo.

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