Escrevo porque escrevendo transcendo-me.
Minha alma quer mais que o que vivo agora.
Minha transcendência é para dentro e para fora do meu eu.
Meu universo interior quer o mundo fora de mim.
Essa sede em mim que nada fora de mim sacia.
Não sei por que os pólos sul e norte do meu ser se desejam.
Eles são como encontro de Sol e Lua,
Mera distração de um desejo impossível.
Às vezes penso que o impossível me habita.
O fato é que onde habito, habita a espera, o amor e as flores.
Quem um dia despertou às manhãs,
Observou as montanhas em suas alturas,
E viu o orvalho na flor a beira da estrada,
Jamais será feliz em cubículos onde o olhar não veja o horizonte.
O meu coração gira mundos, mesmo quando o mundo gira.
Sou poeta da estrada,
Do tempo,
E no relento evoco o amor em canções de viajantes.
Minha alma cigana se engana: o tempo não para!
Escrevo porque a palavra em mim é ternura!
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