segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Escritas da Alma!


Escrevo porque escrevendo transcendo-me.

Minha alma quer mais que o que vivo agora.

Minha transcendência é para dentro e para fora do meu eu.

Meu universo interior quer o mundo fora de mim.

 Essa sede em mim que nada fora de mim sacia.

Não sei por que os pólos sul e norte do meu ser se desejam.

Eles são como encontro de Sol e Lua,

Mera distração de um desejo impossível.

Às vezes penso que o impossível me habita.

O fato é que onde habito, habita a espera, o amor e as flores.

Quem um dia despertou às manhãs,

Observou as montanhas em suas alturas,

E viu o orvalho na flor a beira da estrada,

Jamais será feliz em cubículos onde o olhar não veja o horizonte.

O meu coração gira mundos, mesmo quando o mundo gira.

Sou poeta da estrada,

Do tempo,

E no relento evoco o amor em canções de viajantes.

Minha alma cigana se engana: o tempo não para!

Escrevo porque a palavra em mim é ternura!

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