sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Cor Do Meu Poema




Hoje quero falar das cores, visto que, meu amor é como o céu.
Amo a cor do pôr-do-sol quando se dá ao ocaso,
Minha alma se alimenta da cor das marés em mares diversos;
E os meus olhos se deliciam com a cor das manhãs de outonos.

O tom da tempestade me apavora, sua escuridão desafia o meu espírito.
Nada como a cor dos seringuetes; savanas de sonhos distantes,
Ali onde o arco-íris não é pardo nem a saudade é lilás.
Os meus pés caminham sonhos de ontem em tapetes persas.

O douro de Midas anuncia a alquimia do afeto ao toque das mãos,
Alentejo encantado em pegadas na areia de dias passados.
A cor da poesia é verde quando a verde mata, mata a estrada,
E apaga os caminhos, as veredas que foram feitas nas andanças.

A cor de âmbar me emudece os olhos,
Cor de mel que morena a pele sedenta o afeto.
Doira a alma que rumina contos infantis em tecidos de calhamaço.
Minha esperança tem a cor do sorriso das crianças.

A cor da saudade meu senhor, combina com a cor de dias alegres.

Os poemas têm cores diversas, cores de anelos.
a cor do meu poema é furta-cor,
alquimia da palavra calada no olhar; poesia em reverso.

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