quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Poeta Calado





O poeta se cala quando a poesia não eclode.


O mundo pára quando o poeta é apenas silêncio.

Não existe mundo que valha a pena sem poesias.

Os poetas são lamparinas: iluminam a escuridão

Do túnel do afeto há muito dragado pela angústia.

Quando não há mundos o poeta cria-os.

Quando não há poetas, o amor fecunda-os.

O mundo se cala quando os poetas se calam.


Não há jardins floridos,

Já não há mais cores,

E a viola encostada no canto desperta o pó

Que adormecido indicava a morte onipresente.


Amo o poeta que transcende a morte do mundo

Feito silêncio pela morte do amor:


“Ainda que a figueira não floresça,

Nem haja fruto nas vides;

Ainda que falhe o produto da oliveira,

E os campos não produzam mantimento;

Ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.


Todavia eu me alegrarei no Senhor,

Exultarei no Deus da minha salvação.

O Senhor Deus é minha força,

Ele fará os meus pés como os da corça,

E me fará andar sobre os meus lugares altos”.



A poesia é fruto do amor.


O mundo e o poeta calam quando amor


É silenciado na voz que pare esperanças.



Um comentário:

Anônimo disse...

Linda Pr.
A poesia tem me ajudado a ver o amor nas coisas mais simples que DEUS nos presentea a todo momento, mesmo não sendo merecedores de nada.
Parabéns pelas seus poemas, que DEUS continue a lhe dá esse don maravilhoso da escrita.
Um grande.