sexta-feira, 5 de junho de 2009

Minha Alma De Poeta




A minha alma de poeta é feita colibri nos telhados,
Canta, salta e versa a vida que convida ao vôo profundo,
Minha poesia é doce, feito framboesa iluminada por clarabóias.

Minha terra é distante,
Distante de tudo que me amedronta,
Ela dista de mim, das sombras e do meu mundo de sonhos.

Um poeta se não lido, é fruto peco no pé,
É semente, ainda no cesto e longe do chão,
Se devorado, é alimento que sacia a alma, e somente a alma.

A poesia para o espírito, é feito pão que alimenta o corpo,
É caminho que faz o orante transcender-se no altar;
Salmos são poemas de amor e oração é dor de quem ama.

Oração sem poesia é prosa vazia de afeto.
Louvor sem poesia é sino que retine,
Nem os deuses podem suportar.

Minha alma distante,
Distante da terra que aninha segredos infantis,
Lugar onde abrigo anelos inocentes.

A Minha alma de poeta é feita colibri na cumeeira,
Cala, sente, observa a vida sorvida de vôos de outrora;
Migra para longe, onde só o olhar de quem ama pode auscultar.

Minha alma de poeta não é outra coisa senão,
Uma janela aberta para o mundo encantado do afeto,
Onde a paz, a vida e carinho são o pão de cada dia de quem sonha.

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