Atrás do silêncio estão as palavras.
Um mundo de símbolos,
Signos e imaginação.
No silêncio a palavra é contida.
Calada como o som do coração.
É necessário apenas um pouco mais de atenção para escutá-la.
Atrás do silêncio há mundos.
Veias que sangram sentidos obscuros.
Às vezes o silêncio é grito.
E agora a minha alma grita sem palavras,
Calo-me a fim de segredar meu mundo escondido
Na vitrine do silêncio.
Meu inconsciente está vivo.
Ice-berg onde que colide o meu navio negreiro.
Meu Titanic emocional.
O silêncio em mim é metalinguagem,
Diz mais de mim do que eu pensava solfejar sozinho.
O silêncio é pausa na partitura da vida.
É a melodia para ser ouvida e sentida no espírito.
É cicio de vento da noite de invernos frios.
O silêncio é estrada que percorre minha imago.
Espelho que reflete meu self; um lugar/ser escondido em mim.
O que parecia ser terra de ninguém agora está povoada.
Habito meu silêncio recriando mundos e imagens.
Como linguagem do espírito meu silêncio vaga enquanto divago.
Há um momento em que o silêncio é divino,
Quando no amor as palavras são desnecessárias,
E o que resta é o afeto, o afago e, esquecer do mundo lá fora.
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