É noite, e na estrada os meus olhos vêm um céu com um negro tom opala.
A Lua estava ali em seu lugar, o de sempre, quando é primavera.
Os faróis baixos do meu carro clareavam o asfalto que eu vencia veloz e silente.
É quando estamos sós que percebemos o quanto somos gregários.
Na falta de alguém conversamos sozinhos.
Pensar não é outra coisa, senão alguém falar consigo mesmo.
Descartes dizia, que é pensando que afirmo minha existência.
Cogito Ergo Sum: penso, logo existo.
Mas existo para quem?
Ou para que?
Qual a razão da existência?
Enquanto pensava, absorto em mim mesmo,
Eu vi quando uma estrela cadente, feito um raio, riscou o pano negro-azul do céu.
Para onde vão as estrelas quando caem?
Ionizam-se no espaço ou se abrigam em lagos de cristais?
Dessa vez eu não fiz nenhum pedido; eu agradeci.
Não cruzei os dedos, tampouco fechei os olhos para expressar desejos.
No meio do canavial sob a luz incidente dos faróis dos carros que passavam,
Deixei o vento tocar meu rosto, enquanto sonhava.
Era noite lá fora, mas dentro em mim o céu estava estrelado.
Há períodos na vida que as noites de dentro são mais densas que as de fora.
A minha estrela brilhante há muito se fez cadente: silente em mim.
A atmosfera da minha alma verte corpos cintilantes que rumam para o sem-fim.
Fosso em mim que acolhe estrelas que partem sem rumo e errantes.
Meninos não crêem que estrelas cadentes são meteoritos, meninos apenas sonham.
Meninos apenas crêem.
Meninos apenas acreditam e tudo se faz ternura.
Meninos sequer sabem que as estrelas cadentes nem são estrelas, são pedras que colidem e sua cinza causa o rastro luminoso.
Mas, para que estragar o encanto?
Estrelas são estrelas para quem ama.
E as pedras? Já as temos em demasia em nossos caminhos.
Os sonhos não podem morrer, sobretudo porque estes nos mantém vivos.
Uma estrela caiu ante o meu olhar saudoso.
As estrelas não caem, mergulham.
Mudam de um lado para o outro, quando querem chamar a atenção de quem ama.
Uma estrela mergulhou no escuro oceano celeste.
Para onde foi?
Não sei?
O que sei é que, enquanto ela caía quem traçou um rabisco no tempo fui eu.
Ver estrelas cadentes é bom ao lado de quem gosta da gente.
Vi-me menino outra vez, ao lado da minha adorável mãe; correndo feliz.
Naquele tempo olhávamos mais para o céu.
Às noites na roça, à luz da Lua sob a imensidão de pontos cintilantes;
Vi-me deitado na laje da minha casa,
Sozinho,
Contando as estrelas e desejando ganhar o mundo inteiro com asas de passarinho.
Eu nunca soube por que as estrelas caem. Se é que elas caem!
As estrelas cadentes deveriam chamar-se "encandecente".
Elas parecem lágrimas de Deus.
Dos seus nomes os que mais gosto, são: Mimosa, Sirius, Polaris e Talitha Borealis.
Como nós, as estrelas nascem e morrem.
Nascem como os sonhos e morrem como os desejos.
Diferentes de nós elas não são um “conto ligeiro”.
Por que as estrelas morrem?
Penso que elas cumprem o seu ciclo.
Maiakóvski tinha razão ao dizer que,
“... A canoa do amor se quebrou no quotidiano
Estamos quites inútil o apanhado
Da mútua do mútua quota de dano
Vê como tudo agora emudeceu
Que tributo de estrelas a noite impôs ao céu
Em horas como esta eu me ergo e converso
Com os séculos a história do universo”.
Uma estrela caiu ante o meu olhar anelante.
E o meu desejo?
Jamais revelarei o que com a estrela fragmentou-se no céu.
De repente eu percebi, que cadente não era a estrela,
Mas, sim o meu mundo que se faz de contas.
O Criador ordenou que Abraão contasse as estrelas e em seguida lhe deu desejo.
Uma promessa,
Uma semente,
Uma terra,
Uma descendência.
Hoje me sei Abraão do canavial em cujo leito, percorre um rio de asfalto.
Para onde vou? Volto para casa.
Todos querem voltar para casa:
Tarzan, Robinson Crusoé, Super-Homem, Ulisses e até o ET.
As estrelas são cadentes para olhares decadentes.
Sempre haverá uma estrela na abóbada celeste para quem sabe ver com olhos que
sonham e amam.
Elas foram feitas para serem vistas e amadas de longe.
Quando perdemos a beleza do olhar vemos pedras, plasmas e matéria.
Quando o olhar está grávido de afeto o universo é poema de amor.
Sem estrelas cadentes as noites se esvaziam e com elas vão os sonhos.
Sem sonhos e estrelas cadentes, as janelas se fecham e nos quartos,
crianças não se enternecem.
É à noite que o céu povoa-se de desejos e pontinhos coloridos.
Por favor, se possível for não fechem as cortinas;
Eu quero a réstia de luz do luar iluminando o meu rosto.
Eu quero as constelações.
Não acendam o Sol!
O menino em mim quer dar vez e voz aos sonhos dormentes na minh’alma de uma infância feliz.
Que brilhem as estrelas para as crianças que sonham no mundo inteiro.
Meninos e meninas que andam sobre trilhos.
Caminham sobre os muros,
Que correm descalços na chuva.
A noite é uma criança quando o amor nos faz olhar enxergar as estrelas.
Para todos que ainda sonham.
Boa noite!
A Lua estava ali em seu lugar, o de sempre, quando é primavera.
Os faróis baixos do meu carro clareavam o asfalto que eu vencia veloz e silente.
É quando estamos sós que percebemos o quanto somos gregários.
Na falta de alguém conversamos sozinhos.
Pensar não é outra coisa, senão alguém falar consigo mesmo.
Descartes dizia, que é pensando que afirmo minha existência.
Cogito Ergo Sum: penso, logo existo.
Mas existo para quem?
Ou para que?
Qual a razão da existência?
Enquanto pensava, absorto em mim mesmo,
Eu vi quando uma estrela cadente, feito um raio, riscou o pano negro-azul do céu.
Para onde vão as estrelas quando caem?
Ionizam-se no espaço ou se abrigam em lagos de cristais?
Dessa vez eu não fiz nenhum pedido; eu agradeci.
Não cruzei os dedos, tampouco fechei os olhos para expressar desejos.
No meio do canavial sob a luz incidente dos faróis dos carros que passavam,
Deixei o vento tocar meu rosto, enquanto sonhava.
Era noite lá fora, mas dentro em mim o céu estava estrelado.
Há períodos na vida que as noites de dentro são mais densas que as de fora.
A minha estrela brilhante há muito se fez cadente: silente em mim.
A atmosfera da minha alma verte corpos cintilantes que rumam para o sem-fim.
Fosso em mim que acolhe estrelas que partem sem rumo e errantes.
Meninos não crêem que estrelas cadentes são meteoritos, meninos apenas sonham.
Meninos apenas crêem.
Meninos apenas acreditam e tudo se faz ternura.
Meninos sequer sabem que as estrelas cadentes nem são estrelas, são pedras que colidem e sua cinza causa o rastro luminoso.
Mas, para que estragar o encanto?
Estrelas são estrelas para quem ama.
E as pedras? Já as temos em demasia em nossos caminhos.
Os sonhos não podem morrer, sobretudo porque estes nos mantém vivos.
Uma estrela caiu ante o meu olhar saudoso.
As estrelas não caem, mergulham.
Mudam de um lado para o outro, quando querem chamar a atenção de quem ama.
Uma estrela mergulhou no escuro oceano celeste.
Para onde foi?
Não sei?
O que sei é que, enquanto ela caía quem traçou um rabisco no tempo fui eu.
Ver estrelas cadentes é bom ao lado de quem gosta da gente.
Vi-me menino outra vez, ao lado da minha adorável mãe; correndo feliz.
Naquele tempo olhávamos mais para o céu.
Às noites na roça, à luz da Lua sob a imensidão de pontos cintilantes;
Vi-me deitado na laje da minha casa,
Sozinho,
Contando as estrelas e desejando ganhar o mundo inteiro com asas de passarinho.
Eu nunca soube por que as estrelas caem. Se é que elas caem!
As estrelas cadentes deveriam chamar-se "encandecente".
Elas parecem lágrimas de Deus.
Dos seus nomes os que mais gosto, são: Mimosa, Sirius, Polaris e Talitha Borealis.
Como nós, as estrelas nascem e morrem.
Nascem como os sonhos e morrem como os desejos.
Diferentes de nós elas não são um “conto ligeiro”.
Por que as estrelas morrem?
Penso que elas cumprem o seu ciclo.
Maiakóvski tinha razão ao dizer que,
“... A canoa do amor se quebrou no quotidiano
Estamos quites inútil o apanhado
Da mútua do mútua quota de dano
Vê como tudo agora emudeceu
Que tributo de estrelas a noite impôs ao céu
Em horas como esta eu me ergo e converso
Com os séculos a história do universo”.
Uma estrela caiu ante o meu olhar anelante.
E o meu desejo?
Jamais revelarei o que com a estrela fragmentou-se no céu.
De repente eu percebi, que cadente não era a estrela,
Mas, sim o meu mundo que se faz de contas.
O Criador ordenou que Abraão contasse as estrelas e em seguida lhe deu desejo.
Uma promessa,
Uma semente,
Uma terra,
Uma descendência.
Hoje me sei Abraão do canavial em cujo leito, percorre um rio de asfalto.
Para onde vou? Volto para casa.
Todos querem voltar para casa:
Tarzan, Robinson Crusoé, Super-Homem, Ulisses e até o ET.
As estrelas são cadentes para olhares decadentes.
Sempre haverá uma estrela na abóbada celeste para quem sabe ver com olhos que
sonham e amam.
Elas foram feitas para serem vistas e amadas de longe.
Quando perdemos a beleza do olhar vemos pedras, plasmas e matéria.
Quando o olhar está grávido de afeto o universo é poema de amor.
Sem estrelas cadentes as noites se esvaziam e com elas vão os sonhos.
Sem sonhos e estrelas cadentes, as janelas se fecham e nos quartos,
crianças não se enternecem.
É à noite que o céu povoa-se de desejos e pontinhos coloridos.
Por favor, se possível for não fechem as cortinas;
Eu quero a réstia de luz do luar iluminando o meu rosto.
Eu quero as constelações.
Não acendam o Sol!
O menino em mim quer dar vez e voz aos sonhos dormentes na minh’alma de uma infância feliz.
Que brilhem as estrelas para as crianças que sonham no mundo inteiro.
Meninos e meninas que andam sobre trilhos.
Caminham sobre os muros,
Que correm descalços na chuva.
A noite é uma criança quando o amor nos faz olhar enxergar as estrelas.
Para todos que ainda sonham.
Boa noite!
Nenhum comentário:
Postar um comentário