terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Chá das Cinco




Adoro tomar o chá das cinco,
A razão disso? Não saberia dizer.
A Inglaterra me ensinou a sorvê-los todos.
Enquanto o nariz queimava à fumaça quente do sache.

Das flores surgem os chás mais doces,
O olhar divaga sob o solstício que eterniza o dia.
A alma procura o que sabe não possuir,
E a terra equilibra-se entre as estações.

Logo ali, o trem cavalga sobre linhas férreas,
Rumando sobre raios a locomotiva segue em direção ao sol.
Um gole, uma baforada entre aromas diversos,
E da janela a rua fria grita a solidão de anões nos jardins.

Minha alma é afeita aos sabores diversos,
Paladar que me encanta e quebranta os olhos
Que vêem entre a fumaça e os lábios quentes
Uma luz no fim da lua que demora de chegar.

As xícaras sobre pires respingados de sacarose,
Dão forma e charme às mãos que sustentam mundos,
O amor é dragado no silêncio, enquanto o bule, bole e morna
Em si a esperança de mais uma aventura.

Adoro os chás das cinco: estes me lembram saudade!
Eu já vivi longe demais para senti-la. A saudade meu senhor, é dor da alma querente!Depois de bebidos os chás na solidão, se avizinham formigas e abelhas afim de sugarem o mel da doçura que restou ás cinco e dez.

2 comentários:

Alyxi disse...

Feliz das abelhas que deixam os dias mais doce... sabem adoçar a vida...Ah! doce abelha...me derrame seu mel, trazendo doçura para minha vida!

Anônimo disse...

Quem será essa abelha hem!!!! ou será um zangão....rsrsr. Passei um tempo amando do chá das cinco, mas com o tempo o chá se tornau descartavel e troquei pelo chocolate quente. Com essa troca houve um aumento de calorias. Decidi, vou voltar ao chá.... e mais salutar.
Um grande abraço