Se o sol vem hoje?
Eu já não sei mais nada sobre os astros.
Minha alma alada destila favos de mel na rota dos cometas.
As nuvens estão aí, imponentes e alvas como algodão-doce.
O olhar é bandido às vezes, sabe roubar a pétala sem matar a flor.
Eu já não sei mais nada sobre os astros.
Minha alma alada destila favos de mel na rota dos cometas.
As nuvens estão aí, imponentes e alvas como algodão-doce.
O olhar é bandido às vezes, sabe roubar a pétala sem matar a flor.
Ontem foi um dia calmo, o alfinete esbarrou no dedal sem dor.
Daqui da minha janela vou tecendo à agulha e linha a minha história.
Sabiás pousam nas laranjeiras, ali onde a terra molhada é desejo.
Daqui da minha janela vou tecendo à agulha e linha a minha história.
Sabiás pousam nas laranjeiras, ali onde a terra molhada é desejo.
Se o sol vem hoje ainda?
Não sei dizer; a chuva meu senhor é de verão,
Mas as águas são de março.
Não sei dizer; a chuva meu senhor é de verão,
Mas as águas são de março.
Não importa se o sol não vem,
A alma também precisa da noite, da neblina e da escuridão.
A alma também precisa da noite, da neblina e da escuridão.
A alma é afeita ao céu nublado, quando o amor renasce ou fenece.
O amor é como flor de jardins selvagens,
É preciso um pouco de tudo:
Do sol, da noite,
Dos raios solares e dos outros raios,
Do ar, da brisa leve,
Da quietude e das sombras,
Do silêncio, da ternura e da calmaria,
É preciso um pouco de tudo:
Do sol, da noite,
Dos raios solares e dos outros raios,
Do ar, da brisa leve,
Da quietude e das sombras,
Do silêncio, da ternura e da calmaria,
Mas acima de tudo ela precisa
Do olhar que se encanta porque simplesmente ama.
Do olhar que se encanta porque simplesmente ama.
Se o sol vem hoje?
Não sei dizer.
Do que importa o sol se teu olhar Senhor é a única luz que me aquece agora?
Não sei dizer.
Do que importa o sol se teu olhar Senhor é a única luz que me aquece agora?
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