A dor da espera dói intensamente.
Desespera a dor da espera.
Esperar é uma tarefa que irrequieta a alma.
Faço de tudo para não ter que ficar ali aguardando o que parece não vir.
Venço as horas,
Sinto o suor frio rolar na face,
Calo,
Grito,
Assobio,
O corpo parece não agüentar o tic tac que desperta o cuco.
Desespera a espera que mina a existência anelante.
A alma quer certezas,
A mente sossego.
Um monólogo constante anuncia a beligerância.
Desse modo entendo a divisão do ser.
Minhas fronteiras: terra cujo odor de urina demarca territórios.
Na espera o meu ego é apenas vulnerabilidade.
De um lado o superego grita sua jurisprudência,
Do outro o id ergue a clava forte da liberdade.
Eu já me sei desespero só em pensar em esperar.
Espero pelo que não vejo,
Vejo o que não quero esperar,
Sofro,
Penso,
Assobio,
Estou qual cais que esperam as naus voltarem nos fins de tardes,
Minha sombra me assombra.
E assim, em silêncio,
Dou-me ao cicio do vento,
Brisa leve que ancora à paz do meu ser.
Desespera saber que a hora não passa,
Em mim, mesmo que eu não queria a guerra já está instalada,
Minha sombra me assombra.
E assim, em silêncio,
Dou-me ao cicio do vento,
Brisa leve que ancora à paz do meu ser.
Desespera saber que a hora não passa,
Em mim, mesmo que eu não queria a guerra já está instalada,
O tiro já foi deflagrado.
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