segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ao Luar Sob A Lua


Hoje uma lua linda me presenteou o olhar.
Parado, ali, fiquei vendo-a subir elegante.
Era como uma moça bonita, faceira e sorridente.
Minha alma quedou-se ao luar anelante.

Não quero a noite sem luar romântico,
Não quero o vento sem a brisa leve,
Prefiro as horas que me inspiram o cântico.
Nos céus as aves rumam para seus ninhos distantes.

Eu amo mesmo é o sol;
Mas quem disse que este não brilha à noite.
É que meu ser sereno mareja a pele na vergôntea de dias tímidos.
Amo velejar solitário aos ventos de açoites.

A lua estava ali e sequer brandiu a sua espada.
Possuída de um grave olhar franziu-me o semblante.
Não é a lua que minha alma busca, mas o luar.
O luar é dos amantes, a lua dos viajantes.

O céu e o mar estavam belos,
O horizonte convidativo espalhava ternura.
E eu, extasiado deixei-me levar para o sem-fim.
Não sei se era eu quem via a lua ou se o sol me via ao luar.

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