"Flores de inverno são mais belas porque resistentes,
poesias de amor são mais nobres porque prevalece ao frio.
A chuva cai na terra, umedece a semente e o olhar de quem ama.
plantar é sempre uma atividade onde mistura-se com maestria,
a magia do amor, a arte do saber, a graça da esperança e a simplicidade do grão.
Sinto saudade da minha mãe, aquela mulher alegre e cantante,
não havia tempo ruim para o seu louvor,
nem invernos, nem terreno hostil para sua devoção,
ah! Que saudade da minha mãe!
A mãe que me afagou quando criança,
que me ensinou a ser um gigante e a não temer a vida,
colhemos da tristeza os frutos da alegria,
e semeamos na guerra os frutos da paz.
Ela simplesmente cantava,
quando não tinha pão,
quando um dos seus adoecia,
ela simplesmente cantava a Deus,
Que fé! Que esperança! Que ousadia!
Deus e ela andavam de mãos dadas,
e nós abraçados por ambos contávamos as estrelas no céu,
sim, a alegria morava lá em casa.
Ah! Que saudade da minha mãe!
Hoje, ela ainda luta; sua voz já não é mais a mesma,
depois da peleja contra um câncer,
um AVC e de muitas outras guerras,
ela usa o olhar para nos inspirar à vida.
Seu sorriso não é mais o mesmo, mas persiste em sua face meiga,
a doença não roubou o seu brilho; ela ainda ri,
ri comigo, ri de mim,
ri com os outros, ri sozinha, mas ri.
Seu riso retrata sua alma,
sua garra salta aos olhos quando o louvor é sofejado.
Eu que pensava que o rei-poeta, Davi era um herói solitário, vi sua imagem numa mulher, negra, nordestina e humilde.
Sim, vi em minha mãe, uma vida de amor a Deus.
Hoje ela ainda vive,
seu corpo limitado pelo tempo,
seu olhar à procura de outros olhares,
mas ainda vive.
Seu Deus não a abandonou,
o sinto ali, bem perto, e ela sabe disto.
Foi na UTI que ela me disse quando questionada sobre sua fé: "estou aqui esperando Jesus meu filho".
Sim, o que me resta agora?
Soprar esta poesia aos quatro cantos do mundo, esperando que um vento ligeiro a transporte para outros corações, tal qual o meu, que acredita no amor que se dá entre Deus e uma mãe, entre Deus e uma mulher que fez do altar o seu abrigo.
Foi ali onde eu aprendi que a simplicidade e a fé eram o nosso pão de cada dia.
Esse é meu tributo em vida à Maria de Lourdes Santos Jesus,
uma mulher cuja grandeza está na arte de ser ela mesma,
livre, dependente de Deus e cheia de amor para dar".
poesias de amor são mais nobres porque prevalece ao frio.
A chuva cai na terra, umedece a semente e o olhar de quem ama.
plantar é sempre uma atividade onde mistura-se com maestria,
a magia do amor, a arte do saber, a graça da esperança e a simplicidade do grão.
Sinto saudade da minha mãe, aquela mulher alegre e cantante,
não havia tempo ruim para o seu louvor,
nem invernos, nem terreno hostil para sua devoção,
ah! Que saudade da minha mãe!
A mãe que me afagou quando criança,
que me ensinou a ser um gigante e a não temer a vida,
colhemos da tristeza os frutos da alegria,
e semeamos na guerra os frutos da paz.
Ela simplesmente cantava,
quando não tinha pão,
quando um dos seus adoecia,
ela simplesmente cantava a Deus,
Que fé! Que esperança! Que ousadia!
Deus e ela andavam de mãos dadas,
e nós abraçados por ambos contávamos as estrelas no céu,
sim, a alegria morava lá em casa.
Ah! Que saudade da minha mãe!
Hoje, ela ainda luta; sua voz já não é mais a mesma,
depois da peleja contra um câncer,
um AVC e de muitas outras guerras,
ela usa o olhar para nos inspirar à vida.
Seu sorriso não é mais o mesmo, mas persiste em sua face meiga,
a doença não roubou o seu brilho; ela ainda ri,
ri comigo, ri de mim,
ri com os outros, ri sozinha, mas ri.
Seu riso retrata sua alma,
sua garra salta aos olhos quando o louvor é sofejado.
Eu que pensava que o rei-poeta, Davi era um herói solitário, vi sua imagem numa mulher, negra, nordestina e humilde.
Sim, vi em minha mãe, uma vida de amor a Deus.
Hoje ela ainda vive,
seu corpo limitado pelo tempo,
seu olhar à procura de outros olhares,
mas ainda vive.
Seu Deus não a abandonou,
o sinto ali, bem perto, e ela sabe disto.
Foi na UTI que ela me disse quando questionada sobre sua fé: "estou aqui esperando Jesus meu filho".
Sim, o que me resta agora?
Soprar esta poesia aos quatro cantos do mundo, esperando que um vento ligeiro a transporte para outros corações, tal qual o meu, que acredita no amor que se dá entre Deus e uma mãe, entre Deus e uma mulher que fez do altar o seu abrigo.
Foi ali onde eu aprendi que a simplicidade e a fé eram o nosso pão de cada dia.
Esse é meu tributo em vida à Maria de Lourdes Santos Jesus,
uma mulher cuja grandeza está na arte de ser ela mesma,
livre, dependente de Deus e cheia de amor para dar".
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