"O vento soprou nas pedras das minhas lembranças,
ali de onde as gretas do passado semeiam restolhos de sonhos,
onde nascem pequenas flores que os olhos não viram nem o coração dos piratas perceberam seu tom e suavidade.
O vento soprou nas pedras das minhas saudades,
o pó arremessado pelo vento que deitava raízes,
na sombra do meu olhar desenhou no chão o teu nome,
ai eu percebi que o tempo se fez verso,
que o mundo se tornou palco dos desejos infantis,
melodias cantadas no colo de mães sonhadoras;
sim, meu ser em pedaços desejou cercar-te de abraços,
mas, a nota que entoa a canção, é prosa de Drummond, Djavan e Pessoa.
O vento soprou seu hálito, marejado dos sabores de vinhos de velhas adegas;
sim, o vento soprou carinho, amizade, e, rindo a toa se foi, e, enquanto ia,
me trazia na tela da imaginação seres especiais, pessoas amigas, várias vozes; melodias das aves de outonos.
O vento me trouxe seus nomes,
porém, quando se foi, sua doce voz ficou retumbando no meu peito,
e ai, eu me dei conta de como foi especial,
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