sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Ser - Inverno de 2008

"A gota de orvalho desliza no fruto que nasceu no silêncio da noite,
Nenhum olhar percebeu sua candura à medida que surgia na escuridão,
A vida fez-se maviosa distante da agitação dos homens e de pés ligeiros,
Pés que caminham ébrios para o destino do qual tentam fugir: a morte.
O ser é algo tão profundo que nem o coração consegue compreendê-lo,
O ser é espírito grávido de eternidade, o ser é maior que o pensar.
Nenhum homem é capaz de conter as ânsias vitais do seu ser que é oceano,
Viver, pensar, desejar, trabalhar, dormir, esquecer e amar são artefatos do ser.

Ser, é mais que possuir, mas sem possuir o ser definha-se;ser é mais que pensar, mas sem pensar atrofia,

É mais que anelar, porém sua plenitude se dá na realização dos sonhos,
O ser se define então como realizar o desejado.
O ser é completo no amor, somente ai ele é belo, perfeito e refeito;
O ser, é conhecer, fazer, brincar, falar, calar quando possível,
O ser é silêncio, contemplação, adoração e beleza extasiante,
O ser é partícula do SER SUPREMO, por isso se perde à medida que quer achar-se.

Em vão lutamos contra o tempo; os dias passam e nós voamos,

O nosso ser é filho da luz e do amor, transcende à mesmice e à mediocridade,
Nada além do SER SUPREMO preenche o transitório ser que se ocupa do nada;
O ser em mim grita por algo maior que as necessidades desta vida.
Meu corpo não comporta meu ser,
Algo em mim clama por uma vida infinitamente superior,
Meu ser clama por um reencontro com algo que só ele sabe que existe e é real;
Meu ser deseja o desenlace e o mergulho em Ti Senhor, para sempre”.

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