Uma folha levada pelo vento.
Redemoinho que corre pelas ruas.
Lugar onde a palavra se esconde.
Para onde foram as palavras se o amor apenas amanheceu?
Na quietude, escuto Impromptu de Schubert em B-flat
Maior ao piano, The "Last Romantic".
Enquanto sobrevôo terras longínquas do meu ser.
A música me faz sonhar.
Nas minhas alturas avisto paraísos.
Alguma coisa em mim é miragem.
Oásis meus em desertos de outrora.
Vladimir Horowitz ainda executa o seu Recital de Moscow,
E eu do meu lugar, ainda viajo por ai,
Com a folha ao vento.
Como uma folha sem destino.
Tapete mágico de quem precisa apenas admirar a beleza,
E respirar um pouco.
Sair pelo mundo, musicando as flores, o tempo e cavalgar sobre o vento.
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