quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ao Vento!



Uma folha levada pelo vento.

Redemoinho que corre pelas ruas.

Lugar onde a palavra se esconde.

Para onde foram as palavras se o amor apenas amanheceu?

Na quietude, escuto Impromptu de Schubert em B-flat

Maior ao piano, The "Last Romantic".

Enquanto sobrevôo terras longínquas do meu ser.

A música me faz sonhar.

Nas minhas alturas avisto paraísos.

Alguma coisa em mim é miragem.

Oásis meus em desertos de outrora.

Vladimir Horowitz ainda executa o seu Recital de Moscow,

E eu do meu lugar, ainda viajo por ai,

Com a folha ao vento.

Como uma folha sem destino.

Tapete mágico de quem precisa apenas admirar a beleza,

E respirar um pouco.

Sair pelo mundo, musicando as flores, o tempo e cavalgar sobre o vento.

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