A eternidade se apequena ante a ternura da face meiga de uma criança.
Tudo pára para que a chuva regue um olhar encantador.
Um coração altaneiro sente ao longe o aroma de um sorriso.
As sorriem quando felizes.
Rosas felizes enfeitam jardins.
Jardins felizes povoam os sonhos.
Uma rosa, bela rosa; das rosas de jardins eternos.
Onde a saudade mareja os olhos de quem ama.
O amor é rosa, quando o azul do olhar moldura o negro tom da retina de quem silente observa o mundo da janela da íris.
Rosa que do amor é poesia e da vida uma melodia em tom maior.
Suas folhas enternecem o desejo de meninos brejeiros.
Rosa colhida no tempo.
Regada no terreiro, no oitão da vida.
Ao vento,
Ali onde as aves voam livres e meninos brincam.
Onde o amor é silêncio eivado de desejo.
Onde o desejo é palavra dita sob a brisa leve que toca a pele.
Sim, uma rosa. Das rosas que enfeitam o mundo,
Paraíso pintado a óleo na tela do olhar.
Quero-te o perfume e as pétalas.
Quero despetalar-te em silêncio profundo.
À meia luz de luas tímidas.
Quero a palavra calada dita em gesto.
Gemido brando, expresso ao aroma de flores entre as estrelas.
Onde a candura surge com o último suspiro depois da chuva.
Orvalho meu que em ti lacrima os sonhos.
Amo as rosas quando ali, no galho.
Amo as rosas na poesia, nos versos e na prosa.
Não gosto dos fósseis das rosas em cadernos escritos no adolescer da aurora.
Rosas empalhadas por paixões morridas.
O infinito em mim quer ser jardim para ter-te rosa para sempre em mim.
Das janelas do trem que navego agora,
Sobre trilhos de aço e seda.
Para ser-te abrigo em tempos de tormentas.
Lugar seguro, onde podes ser apenas o que és: rosa simplesmente.
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