A serenidade da vida é desejo que minha alma transporta.
O orvalho cai sobre a terra e meu anelo se faz flor.
A vida encerra o tempo que da janela assiste o amor.
Meu coração é vento que vaga por ai varrendo os campos.
Minha poesia é esperança. Desejo calado ao pé da cruz.
Daqui do meu lugar, sou verso respingado por gotas de chuva.
Rabiscos de anotações em cadernos de quem ao amor se fez poesia.
Dedos entrelaçados no adolescer de sonhos em Veneza.
A minha alma navega nas gôndolas do amor pelas ruas coloridas da saudade.
Um poeta é aquele que navega sobre o mar de amor infindo.
Sonha porque espera.
Anela porque transcender o tempo é sua vocação.
Suporta porque seu medo é sua tormenta, razão da sua força.
Escreve porque transborda.
Transborda porque se esvazia para tornar a ser cheio.
Um poeta é a palavra encarnada, manifesta aos olhos que sabem ler amor.
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