sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Coração Oceânico!




Amar o mar é amar o mundo, a vida e os sonhos.

Se a terra é o planeta água o mar é lágrima de Deus.

Os deuses também choram mesmo quando alegres.

Para mim o mar é profundidade,

É largueza,

É mistério.

O mar pare os riachos, os ribeiros e as corredeiras.

Minha alma oceânica quer do mar o pôr-do-sol.

Quer a lua que alumia o véu da noite coberto de estrelas.

Do mar eu quero amar o manto azul do céu refletido.

Quero as praias e as areias que abrigam segredos.

Do mar eu quero a brisa e o som das ondas irrequietas.

Eu quero as baleias e os cardumes belos e coloridos.

Amo as baleias porque maternas e meigas.

Livres, levam seu canto mundo e mar afora.

Bebem o oceano sem temor e brincam na obscuridade do tempo.

Meu mundo é mar de amor ao mar e ao mundo.

Travessias minhas em jangadas leves entre abismos.

Meu coração é oceano e meu desejo é cais no porto da saudade.

Minha poesia é aventura em verso sobre as águas turvas do anelo.

Mergulho entre as pedras lisas e corais de águas cristalinas.  

A poesia em mim é como correntes marítimas que seguem para o sol.

Amo o mar porque abriga o homem, as gaivotas e as esperanças minhas.

Do mar eu anseio a linha do horizonte, ali onde o céu se funde às águas.

Lá onde o olhar descansa sua fraqueza e já não vê além.

Fundo multicor que asila arco-íris solitários. 

Eu quero as águas batendo nas rochas.

Eu quero os pés molhados ao lado de outros pés felizes.

Sim, do mar eu quero a exuberância e a beleza.

Sem o mar poesias morrem afogadas no pó.

O mar e os poetas coabitam os sonhos encantados.

Poetas bons são oceânicos. Profundos e insondáveis.

Poetas são aqueles que molham seus poemas nas águas de marés vazantes.

Eu sou poeta do mar e de amor profundos.

Quero ser poeta que ama o mar e, para quem,

Amar é a mais nobre travessia; a mais bela.

Sou poeta de marés de manhãs frias e chuvosas.

Meus poemas são o olhar que anela o outro lado sem nunca chegar.

Um lugar azul para se sentir saudade.

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