Amar o mar é amar o mundo, a vida e os sonhos.
Se a terra é o planeta água o mar é lágrima de Deus.
Os deuses também choram mesmo quando alegres.
Para mim o mar é profundidade,
É largueza,
É mistério.
O mar pare os riachos, os ribeiros e as corredeiras.
Minha alma oceânica quer do mar o pôr-do-sol.
Quer a lua que alumia o véu da noite coberto de estrelas.
Do mar eu quero amar o manto azul do céu refletido.
Quero as praias e as areias que abrigam segredos.
Do mar eu quero a brisa e o som das ondas irrequietas.
Eu quero as baleias e os cardumes belos e coloridos.
Amo as baleias porque maternas e meigas.
Livres, levam seu canto mundo e mar afora.
Bebem o oceano sem temor e brincam na obscuridade do tempo.
Meu mundo é mar de amor ao mar e ao mundo.
Travessias minhas em jangadas leves entre abismos.
Meu coração é oceano e meu desejo é cais no porto da saudade.
Minha poesia é aventura em verso sobre as águas turvas do anelo.
Mergulho entre as pedras lisas e corais de águas cristalinas.
A poesia em mim é como correntes marítimas que seguem para o sol.
Amo o mar porque abriga o homem, as gaivotas e as esperanças minhas.
Do mar eu anseio a linha do horizonte, ali onde o céu se funde às águas.
Lá onde o olhar descansa sua fraqueza e já não vê além.
Fundo multicor que asila arco-íris solitários.
Eu quero as águas batendo nas rochas.
Eu quero os pés molhados ao lado de outros pés felizes.
Sim, do mar eu quero a exuberância e a beleza.
Sem o mar poesias morrem afogadas no pó.
O mar e os poetas coabitam os sonhos encantados.
Poetas bons são oceânicos. Profundos e insondáveis.
Poetas são aqueles que molham seus poemas nas águas de marés vazantes.
Eu sou poeta do mar e de amor profundos.
Quero ser poeta que ama o mar e, para quem,
Amar é a mais nobre travessia; a mais bela.
Sou poeta de marés de manhãs frias e chuvosas.
Meus poemas são o olhar que anela o outro lado sem nunca chegar.
Um lugar azul para se sentir saudade.
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