sábado, 8 de janeiro de 2011

Sei Lá!


Hoje eu não quero a palavra.
Eu quero o silêncio,
Não quero a angústia velada na dor da incerteza.

Hoje eu só quero o olhar que acolhe,
Quando os pés tropeçam nas pedras da estrada.
Hoje a inexistência seria o melhor presente dos deuses.

A invisibilidade um prêmio.
Um suvenir vendido nos becos de terras longíquas.
Quero a demora das horas, o atraso do trem.
Hoje eu apenas queria banhar os pés nas águas do mar,
Com a face para o Sol.
Um pequeno sol de sóis de fins de tardes.

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