O formigueiro cresce ali ao pé da cerca.
Na estrada o tamarineiro floresce.
Tudo é belo quando a alma é nascente.
Os rios secaram e as pedras submersas agora existem.
Como os rios, secaram as lágrimas no deserto da face.
Na primavera o sertão ostenta sua glória.
No verão sua nudez aflora a sua vergonha.
No outono o sol é poesia suave e serena.
No inverno a fogueira acesa ignora a chuva fina.
Enche-se de flor a terra outrora morta e sedenta.
As aves revoam e um frio de incertezas se faz sentir.
Renascem os brejos,
Coaxam os sapos e uma sinfonia se pode ouvir na lagoa.
Bem-ti-vis, papa-capins e pintassilgos cantarolam sobre as acácias.
E a fazenda abriga o perfume do amor.
Ternura que moldura a tela da vida pintada em arte multicor.
No sertão vive o homem em vida, caule e flor.
Poema e foto de Robério Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário