domingo, 15 de janeiro de 2012

Quando A Flora Aflora!

 



O formigueiro cresce ali ao pé da cerca.

Na estrada o tamarineiro floresce.

Tudo é belo quando a alma é nascente.

Os rios secaram e as pedras submersas agora existem.

Como os rios, secaram as lágrimas no deserto da face.

Na primavera o sertão ostenta sua glória.

No verão sua nudez aflora a sua vergonha.

No outono o sol é poesia suave e serena.

No inverno a fogueira acesa ignora a chuva fina.

Enche-se de flor a terra outrora morta e sedenta.

As aves revoam e um frio de incertezas se faz sentir.

Renascem os brejos,

Coaxam os sapos e uma sinfonia se pode ouvir na lagoa.

Bem-ti-vis, papa-capins e pintassilgos cantarolam sobre as acácias.

E a fazenda abriga o perfume do amor.

Ternura que moldura a tela da vida pintada em arte multicor.

No sertão vive o homem em vida, caule e flor.


Poema e foto de Robério Jesus.

Nenhum comentário: