Quando eu fecho os olhos eu me distancio de tudo.
Para mim, introspecção é universo de luas e estrelas.
Eu quero tocar as nuvens num espelho d’água.
Quero descer de rapel dos abismos do coração.
Quero pular de bug jump na lágrima que rola a face que chora.
Eu quero saltar de paraquedas no vão do coração de Deus.
Quero surfar nas ondas de sua voz sonora na comunhão do canto.
Eu quero as manhãs de domingos de um passeio no parque.
Quero o shabat do amor e uma mesa farta de silêncio e afeto.
Eu quero a adoração quebrantada e a devoção do quarto.
Quero deitar-me aos seus pés e descansar à sua sombra.
Onde a cama é altar e o sacrifício é um sorriso espontâneo.
Eu quero escalar a pedra do desejo e subir as montanhas da esperança.
Ser alpinista de meus sonhos embalados nos arranha-céus da alma.
Sim, eu quero a palavra doce vertida no cálice da fé.
Ai onde só o coração entende a Deus e ao seu Espírito em segredo.
Lugar secreto onde a espiritualidade é pão partido num gesto de amor.
Terra onde Deus e eu, os dois num só corpo, ocupam o mesmo lugar no espaço.
Poema de Robério Jesus.
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