"Lá fora na tapera eu vi o sol arder em desejo,
sua luz aqueceu minha pele sedenta de ti,
a minha voz embargou à sombra do teu olhar,
ali, perto do cajueiro onde desenhei um coração com teu nome,
que recordação! Saudade do tempo em que corrias descalça,
na chuva, no quintal, na estrada de terra batida da roça,
onde brincar era o passa tempo mais divertido que existia,
mas você cresceu,
seu olhar distanciou-se do meu e minha voz solitária,
cantou a canção da alvorada, enquanto a assuncena pousava no milharal,
sim, o espantalho ainda está ali,
onde nossas mãos tocaram a eternidade quando se tocaram,
onde um beijo inocente deitou raízes no solo da saudade,
chão que deitei e sonhei muitas vezes,
vi-te menina, agora te vejo mulher,
mas a dor que carrego no peito é que,
embora o sol ainda brilhe e ilumine a estrada,
tu já não me vês mais,
tornei-me um mero vulto à sombra da lembrança".
sua luz aqueceu minha pele sedenta de ti,
a minha voz embargou à sombra do teu olhar,
ali, perto do cajueiro onde desenhei um coração com teu nome,
que recordação! Saudade do tempo em que corrias descalça,
na chuva, no quintal, na estrada de terra batida da roça,
onde brincar era o passa tempo mais divertido que existia,
mas você cresceu,
seu olhar distanciou-se do meu e minha voz solitária,
cantou a canção da alvorada, enquanto a assuncena pousava no milharal,
sim, o espantalho ainda está ali,
onde nossas mãos tocaram a eternidade quando se tocaram,
onde um beijo inocente deitou raízes no solo da saudade,
chão que deitei e sonhei muitas vezes,
vi-te menina, agora te vejo mulher,
mas a dor que carrego no peito é que,
embora o sol ainda brilhe e ilumine a estrada,
tu já não me vês mais,
tornei-me um mero vulto à sombra da lembrança".
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