terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Meu Sol




"A mão suave do amor desliza sutil por um universo de luzes e cores,
explosão de raios luminosos, feito ondas quando arrebentam na areia ou nas rochas dos mares do Kenia;

se espalham pelo mundo. O sol abre seus portais e respira para mais um dia de afeto às flores.

O sol é meu encanto, o afeto que toca minha pele sem culpa,
invade meu olhar, aquece minha timidez e me condensa a alma num só verso.

O sol pare arco-íris, gesta o luar e clareia o espírito e faz nascer a aurora, faz nascer outros sóis no mundo de meu Deus, mundo meu e de quem me ama.

O sol é vida, é rima, é prosa que destila a felicidade; transpassa as gretas de paredes de sapé das vilas do Tibet.

Está no vão da choupana do homem do campo, transe no oitão da casa da fazenda; não faz acepção de pessoas, ama, simplesmente ama. Sua ausência implica em morte, sua presença engrandece e vitaliza os seres.

A plantação de trigo doura nos vales, por causa de sua luz; as flores se abrem no seringuete; os rios, sob seus gestos, não se fatigam de amar o mar, onde nascem e morrem;

Seu calor aquece as pedras na estrada, afugenta os meninos que amam as sombras; o sol é só meu, minha ternura, meu bichinho de estimação estelar.

Há muitos sóis no sol. Há sol de inverno, de verão, outono e primavera.
Há sóis de poesias, e até os que nascem nas mil e uma noites no Imã.

Há sol de desertos, dos alpis, dos palácios e sol de lugares frios; mas o fato, é que há sempre um sol para quem quer amar.

Sem sóis poetas não sobrevivem, a canção perece e o amor fenece.

Teu sol é meu olhar entre abismos: nascente, dourado, poente, brando, caliente, no entanto, és estrela na minha constelação de amor sem-fim.

Sol sem poesia, é oceano sem correntes marítimas que rumam para o sul.
É céu sem luar, é paixão dos que despertam o amor vazio de estrelas, perfumes e flores.

É ternura de corações flechados desenhados nas árvores dos quintais da vida, apagados pelo tempo; sou eu sem você, você sem mim; o mundo sem nós e nossa palavra dádiva de nossos sonhos, solta no tempo e no espaço.

Sem o sol sou sal sem sabor; sem mim, o sol é mera escuridão.
Somos cumplicies um do outro, resistimos ás trevas, tocamos a essência das coisas entre o céu e a terra.

Entramos no ocaso para fazer nascer o amanhã com manhãs das manhãs floridas do Alasca".

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