quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Mar E O Amor Em Mim



"As águas do mar da saudade dançam em silêncio,
todos os dias ferem a face das rochas no cais da solidão,
turvos olhos de amor a procura de afeto embaçados da neblina da noite que não se acaba;
orvalho que rega a pele fria e túmida dos viajantes,
os quis seguem as correntes na linha do horizonte.

As marés são assim, vão e voltam sem cansar;
espumas postas nos bancos de areias ferem o desejo,
brisa leve que sopra o aroma dos sonhos como de morangos no pé,
destila-se o verso em som de melodias de amores mil:
sacode a poeira, corre faceira e morre em si a voz do amor,
sobe a ladeira da espera da promessa que não vem.

O mar não ama ninguém, ele simplesmente não ama.
O mar sabe ser ele mesmo: imponente, ameaçador e dócil,
um leão voraz para os arrogantes, uma criança frágil para os poetas.
O amor é como o mar, pode matar e dar a vidaaos que navegam em suas águas profundas e encantadoras: o mar e o amor são insondáveis.

O mar em mim é amor que nunca dorme, nem se cansa;
o amor em mim é mar que desejo navegar insondável;
meu ser é mar amor; mar de mim, de amor sem fim.
Meu ser é amor que barcos navegam com suas velas coloridas,
Veleja a prosa, o canto, a poesia, a dor e a saudade,
jangadas de afetos que flutuam no amor de mim no mar sem fim".

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