"O fio de prata que veste a luz da lua,
penetrou minha lucidez e transiu minha alma.
Memórias de mim que se refizeram num instante;
um golpe de olhar entre rajadas de ventos de outono,
açoites de pingos de chuva que regam a face cansada de tudo.
A lua é isto, luar para o coração dos apaixonados,
fases de uma vida que migra para sempre no rio da história.
Espelho d´água que reflete amores carregados de afetos;
saudade que veio para ficar, ali, no lugar onde a lágrima é o sol,
e o sorriso é pão que se come de mãos dadas, sob preces cheias de devoção.
A face oculta da lua esconde o amor que revela as marés de maio,
ruas que segredam sonhos, grades eternas de gotas de chuvas que não passam,
rosto voltado para o sol das lembranças que ficaram do dia que se foi.
Lua cheia da candura de tua face meiga em minha face rude marcada pelo tempo, afeto de mim que destila em ti a sentelha da vida que morre e renova-se em si.
Noite enluarada é o amor nas canções de invernos longínquos;
viaja a lua, viajo eu, e tu, permaneces silente em orbita de mim;
minha rotação determina tua expressão: lua nova, crescente, minguante e cheia, cheia de ternura.
Hemisfério do amor que em ti nasce proibido, podado, ceifado antes do fruto, ervas que caem no caminho, beira de mim, que bestas devoram o verde que eclode, e pés esmagam a flor e o grão.
És luar para mim e teu olhar se desloca ante ao sol da minha existência, eclípse de nós que se dá quando meu corpo solar encontra o teu corpo lunar.
Fagulhas da eternindade no espaço sideral do meu sonho infantil; paixão que me oculta entre prédios, carros e arranha-céus entre núvens e paredes cinzentas.
És de mim o desejo, poesia que decanta a tristesa, bainha de uma espada que corta o tempo e o vento.
Lua livre, és tu, bela, no céu de todos os sóis; no céu de todos os poetas, presente em todas as ruas, praças e aldeias.
Dentro dos meus próprios abismos, clareias na noite escura de mim a saudade. Iluminas meu sorriso tímido e solitário que deseja ver-te entre as estrelas, que te escreve em paredes nos desenhos rupestres, nas minhas noites sem luar.
Tua luz incinde em meu parco olhar o mistério que fecunda as sementes sob o chão. Em tua presença, sou deserto, mar, floresta, sou qualquer tela que permita o teu brilho.
Sou sol, sou céu, sou estrela d´álva, sou reflexo de ti em ribeiros que correm silentes. Escondo-me entre as fendas dos vales e das montanhas;
faço sentir-te minha ai no teu lugar, para ti, sou vento, sou poesia, sou eu, eu mesmo, longe dos predadores de emoções, ai, perto de ti, onde o amor é único som a ser ouvido à luz da lua".
penetrou minha lucidez e transiu minha alma.
Memórias de mim que se refizeram num instante;
um golpe de olhar entre rajadas de ventos de outono,
açoites de pingos de chuva que regam a face cansada de tudo.
A lua é isto, luar para o coração dos apaixonados,
fases de uma vida que migra para sempre no rio da história.
Espelho d´água que reflete amores carregados de afetos;
saudade que veio para ficar, ali, no lugar onde a lágrima é o sol,
e o sorriso é pão que se come de mãos dadas, sob preces cheias de devoção.
A face oculta da lua esconde o amor que revela as marés de maio,
ruas que segredam sonhos, grades eternas de gotas de chuvas que não passam,
rosto voltado para o sol das lembranças que ficaram do dia que se foi.
Lua cheia da candura de tua face meiga em minha face rude marcada pelo tempo, afeto de mim que destila em ti a sentelha da vida que morre e renova-se em si.
Noite enluarada é o amor nas canções de invernos longínquos;
viaja a lua, viajo eu, e tu, permaneces silente em orbita de mim;
minha rotação determina tua expressão: lua nova, crescente, minguante e cheia, cheia de ternura.
Hemisfério do amor que em ti nasce proibido, podado, ceifado antes do fruto, ervas que caem no caminho, beira de mim, que bestas devoram o verde que eclode, e pés esmagam a flor e o grão.
És luar para mim e teu olhar se desloca ante ao sol da minha existência, eclípse de nós que se dá quando meu corpo solar encontra o teu corpo lunar.
Fagulhas da eternindade no espaço sideral do meu sonho infantil; paixão que me oculta entre prédios, carros e arranha-céus entre núvens e paredes cinzentas.
És de mim o desejo, poesia que decanta a tristesa, bainha de uma espada que corta o tempo e o vento.
Lua livre, és tu, bela, no céu de todos os sóis; no céu de todos os poetas, presente em todas as ruas, praças e aldeias.
Dentro dos meus próprios abismos, clareias na noite escura de mim a saudade. Iluminas meu sorriso tímido e solitário que deseja ver-te entre as estrelas, que te escreve em paredes nos desenhos rupestres, nas minhas noites sem luar.
Tua luz incinde em meu parco olhar o mistério que fecunda as sementes sob o chão. Em tua presença, sou deserto, mar, floresta, sou qualquer tela que permita o teu brilho.
Sou sol, sou céu, sou estrela d´álva, sou reflexo de ti em ribeiros que correm silentes. Escondo-me entre as fendas dos vales e das montanhas;
faço sentir-te minha ai no teu lugar, para ti, sou vento, sou poesia, sou eu, eu mesmo, longe dos predadores de emoções, ai, perto de ti, onde o amor é único som a ser ouvido à luz da lua".
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