segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mexericos Da Noite


“A vida quedou silente na pétala de uma flor;
Parada ali, sugava-lhe a essência enquanto doava-se.
Zumbindo, contou-lhe segredos;
Voando, tocou-lhe a ternura;
Mexericos da noite,
Quando rosas e bromélias cochicham entre si.

A vida bebeu-lhe o néctar,
Enquanto, dizia-lhe poesias de amores eternos.

A vida, sorvida em paz,
Cedeu à flor uma canção de ninar,
Bela,
Tenra,
Exuberante;
Uma forma inesquecível de amar;
Flagrante desejo,
Uma nesga de ser que se desfaz em verso,
Que se refaz no tempo,
Que somente os seres alados podem entender”.

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