terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Pétalas e Rosas




"Hoje é segunda-feira e eu estou aqui,

da minha janela, observando as flores,

uma rosa olhou para o sol e falou-me,

sussurrando sua dor.

Suas pétalas pálidas, caíam ao chão sem sorriso.


Seus espinhos ali, faziam sangrar sua alma-rosa de flor que sente saudade, saudade de uma vida que se foi para sempre, que existe somente na mente que mente, ao insistir na lembrança; sim, uma rosa me olhou marejando suas lágrimas vazias de amor.

A dor da rosa é a dor do amor que não veio, dor de todos nós mortais.

Dor de outras flores, do sol que se foi, do olhar que aspira a beleza de dias felizes.

Camélias, ipês e bromélias são flores sem espinhos, nem por isso felizes;

só as rosas transportam sua própria ambigüidade.

Espinhos perfuram pétalas que ferem o olor, que tocam a pele da rosa que na dor, expressa seu ser.


Os espinhos são das rosas um mal necessário,
porém, necessário mesmo, é o sorriso das rosas;
as rosas sorriem quando amadas.


A cor vermelha e rosada no olhar de quem ama, a rosa vermelha, a rosa branca, a rosa rosa.

A rosa quebranta o olhar de quem ama; a rosa feliz é a rosa ferida,

a rosa amada no amor dos amantes, a rosa no buquê de rosas e ramalhetes molhados,


sim, és rosa, rosa amarela, rosa régia; reina a rosa que se sabe flor, que se sabe amor,

amor na raíz, amor feliz, a rosa do povo, Drumond;
um lugar da saudade do canto de amor,


Rosa de Sarom,
um conto, uma esperança, uma varinha de condão,
um lugar do afeto que em mim registra a alegria no cicio do vento que passa,


saudade que passa;

rosa que fica, rosa que passa, amor que destila os versos de afeto, de mim, um mero mortal que transporta a rosa para eternidade".

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