quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Veleiro

















"Vi teu olhar tocar dissonante a minha face;
lua livre no céu do desejo: buraco negro no espaço sem fim;
no teu corpo ardia a fogueira das paixões: anseios infantis,
e, do chão do teu colo calei-me e fiz do silêncio meu grito;
tua palavra se fez mel em meu paladar faminto de versos,
sedento de teus sonhos,
fiz-me veleiro em mares azuis,
lugar onde dilata-se a fúria do amor nas cações dos piratas;
sim, tuas melodias, perfazem meu destino: jangada ao vento,
e, as cavernas dos teu segredos fazem-me querer hibernar seguro para sempre".

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